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Cidade Abandonada [Desconhecida]

 :: Texas

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Mensagem por Convidado Seg Jan 19, 2015 9:39 pm
Destroços do que algum dia já foi uma cidade populosa e ambientada por vivos.

Cidade Abandonada [Desconhecida] How-to-create-a-post-apocalyptic-city-in-photoshop-l
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Mensagem por Convidado Seg Jan 19, 2015 9:55 pm


Local : Um apartamento com o letreiro derrubado.
Hora : Oito horas da noite.

Um extenso corredor escuro com as paredes manchadas de sangue e com cheiro desagradável de algo putrefato era o ambiente que me encontro naquele momento.Meus lábios ressecados e secos pela sede em conjunto com a fome desnorteara os meus sentidos. Pisquei com frequência pra tentar forçar o corpo a sair daquele ambiente criado por minha mente. Meu cérebro pedia por mais tortura e me fez andar lentamente pelo corredor. No fim do mesmo, uma mulher sorria com dentes afiados e certa malícia no olhar.

A criatura com a íris totalmente branca caminha em passos lentos visando seu único alvo para saciar a fome insaciável que sentira. O facão de cabo vermelho preso a minha cintura seria o tipo de arma perfeita para despedaçar o zumbi sem chamar muito a atenção de outros ao redor. Tão lento quanto a criatura admirei o semblante estático e sem vida do morto vivo e não demorou muito para ele se aproximar. Em um rápido movimento o facão adentrou bem no meio do crânio do bicho expelindo massa cinzenta e sangue em torno de mim e seu corpo desfalecido.

Minha raiva na hora, foi do sangue ter voado e manchado a minha blusa favorita- que ganhei da minha melhor amiga, e então desaparecida, Madness.- Continuei seguindo o corredor até entrar em uma bifurcação com duas entradas no fim - Esquerda e direita - Antes das 'entrada' havia uma sequência de quartos com as portas fechadas ou semi abertas e ouvi mais passos arrastados por dentro de alguns. Havia duas opções martelando a minha mente. Ou passo disparado e escolho um dos lados para seguir ou vasculho quarto por quarto em busca de algo para passar a noite.

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Mensagem por Convidado Seg Jan 19, 2015 11:00 pm

Não conseguia me acostumar com o cheiro péssimo que exalava no ar. Estava exausta, havia caminhando durante todo o dia atrás de algo que, realmente, nem eu sabia. Todos os dias me perguntava o porque de ainda viver, de tentar sobreviver. Afinal, eu não tinha ninguém. Sempre me pegava lembrando de minha mãe, que já deveria ter virado zumbi faz muito tempo. Me perguntava todos os dias em como ela havia reagido após chegar em casa e ver meu padrasto morto. Talvez tivesse amaldiçoado minha vida, ou então, nem soubesse que havia sido eu.

Avistei de longe um apartamento abandonado. Seria um ótimo lugar para descansar um pouco. Carregava na mão esquerda a espada que havia ganhado de Matthew, o homem que me ensinou a me defender de qualquer pessoa. Era engraçado, porque sempre dizia que aquelas aulas de Kendo não serviriam para nada. E agora, depois de anos, elas estavam servindo muito bem. Entrei no apartamento e fechei a porta. Subia os lances de escada tranquilamente, porém, sempre atenta.

Havia corpos por todo o chão, e o cheiro de carniça me fez tossir um pouco. Um extenso corredor surgiu à minha frente. O local era um pouco escuro, e o barulho dos zumbis desesperados dentro dos quartos era o que fazia aquele local não ser tão monótono. Uma silhueta masculina se encontrava ao fim do corredor. Segurei o cabo da espada com as duas mãos e me mantive em um estado de alerta. Me aproximei cautelosamente. E quando estava prestes a arrancar a cabeça da silhueta desconhecida, a mesma se virou, revelando-se. O rosto do homem não me era estranho, seus olhos mostravam que ele não estava infectado.

Dei dois passos para trás e olhei o homem dos pés a cabeça. Sua camisa me chamou a atenção. Olhei de um jeito desconfiado e murmurei. — Não tente se aproximar, ou terá o mesmo destino que estes corpos que estão no chão. — Respirei fundo  e prossegui. — Este lugar é grande demais, ficarei no meu canto e você no seu. Caso tente algo, não exitarei de lhe matar da pior forma possível. — Conclui, mantendo os olhos fixamente no homem.

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Mensagem por Convidado Seg Jan 19, 2015 11:25 pm


Martelou por alguns minutos em minha mente o fato de ter dois caminhos e nenhum ser óbvio o suficiente para prosseguir. O cheiro putrefato dos mortos vivos embrulha meu estômago vazio que a horas não belisca nada. Minha mochila leve por não ter quase nada, não era empecilho para continuar dando passos lentos adiante. Preferia encontrar um ambiente sossegado e de preferência longe do ruído infernal dos mortos vivos. Ao longe a voz deles parece uma sinfonia ruim e inacabada.

Uma voz em meio ao estado de frenesi sussurrou próximo ao meu ouvido feito uma brisa de inverno, foi rápido e apenas escutado por mim."Siga a esquerda idiota..." -  Outra voz correu o ouvido do lado oposto. "A direita é a melhor opção...babaca." - Escutar o lado direito ou ouvir o esquerdo ? As duas vozes quase ganham forma e poderia dizer que é o meu lado 'bom' e 'ruim' tentando lutar para me dominar, mas a verdade é que aquilo era um sinal, a esquizofrenia atacando novamente.

Balancei a cabeça dando alguns tapas com a mão direita na lateral até as vozes darem um tempo. Retomei controle da situação arrastei os pés a frente e ouvi passos. Passos lentos e quase inaudíveis as minhas costas, virei o corpo segurando o cabo do facão com as duas mãos e dei de cara com uma mulher, muito bonita por sinal. -Ruiva, seios fartos e uma aparência jovial - Dou no máximo uns trinta anos e olhe lá, ela me lembra alguém que é ou foi importante na minha vida. Será ela ou apenas ilusão !?

Para uma mulher aparentemente cansada... você tá se impondo demais. - Girei o cabo do facão, apertando o cabo vermelho mantendo um contato ocular com a dama. - Você não vai conseguir limpar lugar algum sozinha...e nem conseguiria me matar tão facilmente - Abri um sorriso discreto, coloquei a espada na bainha presa na cintura. - O mundo está acabando e tem humano matando ao outro... tsc tsc - Exclamei, colocando o braço a frente de nossos corpos e abrindo a palma da mão para um cumprimento. - Prazer, Abraham McCoy... - Algo naquela mulher me era familiar e continua me chamando a atenção.

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Mensagem por Convidado Ter Jan 20, 2015 12:10 am

Admito que havia ficado aliviada por ter encontrado alguém que não quisesse comer minha carne -talvez-. O ultimo contato que tive com um "humano" havia sido à algumas semanas, uma mulher perdida em seu pior momento de insanidade. Como previsto, não durou nem dois dias, e acabou sendo mordida no primeiro instante em que a deixei sozinha. Porém meu contato com homens era diferente. Nunca havia superado, de fato, meu relacionamento com pessoas do sexo masculino, e mesmo depois de várias sessões de terapia, ainda não conseguia confiar em um.

— Não pense que meu estado me impeça de fazer algo contigo, meu caro. — Abri um sorriso irônico e continuei a falar. — Ficaria surpreso com as coisas que consigo fazer, principalmente quando estou sozinha. — Observei o homem guardar sua arma, mas não faria o mesmo. Continuei com a espada em punho, apenas observando-o. — Quando há necessidade, não vejo problema algum em matar um humano. Alguns são tão asquerosos quanto esses zumbis nojentos. Fico enojada só de pensar. — A mão do homem se aproximou de meu corpo, em busca de um comprimento. Era engraçado, que mesmo com o mundo em caos, ainda existiam pessoas formais. — Sem contato. — Falei.

Meus olhos se arregalaram e meu corpo ficou estático. A espada, que segurava com tanta firmeza, encontrou o chão. Fiquei calada durante alguns segundos, apenas olhando para o rosto do homem. Era ele. Era Abraham. A unica pessoa em que confiei em toda minha vida. Eu sabia que aquele rosto não me era estranho. Foi quando reparei novamente em sua camisa. Havia dado de presente em um de seus aniversários. — Abraham!? Sou eu, Madness. — Falei ainda surpresa. — Não estou acreditando nisso... é mesmo você? — Perguntei. — O menino que gostava de cemitérios.
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Mensagem por Convidado Ter Jan 20, 2015 12:34 am


Sem contato !? Ora mas que mulher abusadinha. O mundo acabando e as pessoas continuam sendo vulgares e cheia dos mimimi's com desconhecidos. Era hora de união, amar ao próximo, se unir para um bem maior. Não, o que eu to dizendo !? Até parece que eu me importo com alguém, eu pedi pelo fim do mundo e se Deus existe, agradeço a ele todos os dias por isso. Puxei a mão lentamente e enfiei dentro do bolso para disfarçar o vácuo dado pela mulher tagarela exibicionista.

- Você tá se exibindo demais não acha !?- Indaguei com certa provocação, piscando para a mulher que se apresentou logo em seguida. Meu mundo parou naquele instante, até a fome que sentia parece ter sumido, meus braços congelaram da mesma forma que meus olhos só mantiveram o contato visual com ela. Era Madness!? Eu sabia que tinha algo de familiar na mulher. Acabo de encontrar minha melhor amiga, em uma situação no minimo inusitada.

Pelo jeito de falar e o modo como se impõe de Madness deu um toque em minha consciência me pondo de volta em liberdade mental. - Eu Eu... Mad... POR ONDE VOCÊ ANDOU!? - Quase berrei aumentando o tom de voz na pergunta, cometendo o erro bobo de chamar atenção dos zumbis ao redor, o ruído de dentro dos quartos aumentou e os passos arrastados se agitaram dentro das moradias. Pra nossa sorte, as portas estão fechadas. Por enquanto.

Com um tom mais sutil, prossegui. - É... agora estou amando o mundo, tudo a nossa volta é um verdadeiro cemitério. - Abaixei a cabeça, abri um sorriso mais amplo, de 'orelha a orelha'. - Senti sua falta ruivinha... o que... aconteceu !? Perdemos contato de uma hora pra outra... parece que você fugia de alguma coisa. - Minhas pernas antes estáticas, se moveram até a mulher. Abri os braços e os envolvi em torno dela. Apertei o abraço, demonstrando toda a saudade que tinha daquela cabeçuda.





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Mensagem por Convidado Ter Jan 20, 2015 2:10 am

— Não, não acho. — Disse arqueando minha sobrancelha direita. Havia passado tantos anos desde a ultima vez que havia visto Abraham. Em minha mente, não conseguia nem imaginar por onde ele andava. Já havia me convencido de que tinha morrido, talvez assim parasse de sentir tanta saudade. — Eu andei por muitos lugares. — Disse sorrindo. E realmente, havia visto e descoberto muita coisa. Olhei para meu lado direito, a porta do quarto setenta parecia estar prestes a ceder. Balancei a cabeça, reprovando seu comentário. — Você não mudou nada. Exceto pelo fato de ter se tornado um belo homem. Nunca iria imaginar que aquele garoto cheio de espinhas e magrelo fosse se tornar... bom... — Passei o olhar por todo o seu corpo, observando o quanto havia mudado. — ... esse homem bonito. — Abri um sorriso um pouco torto e fui surpreendida por um abraço.

Todo aquele contato intimo me deixava um pouco incomodada. Afastei Abraham com as duas mãos, por impulso. Abaixei e peguei minha espada, guardando em sua bainha. — Por muito tempo eu também senti sua falta, Abraham. Fui obrigada a sumir de uma hora para outra. Bom... lembra do meu padrasto? Então, aquele filho da mãe continuou abusando de mim mesmo depois da morte de minha irmã. — Em minha mente, uma retrospectiva de todos os momentos sombrios de minha adolescência tomaram conta do meu sub consciente. — Tive que dar um jeito. — Esbocei um sorriso meio macabro, ao lembrar-se da sensação maravilhosa que tive ao enfiar a lamina diversas vezes no corpo daquele homem.

— Estamos no fim do mundo, então nada me acontecerá se eu te contar. Um belo dia minha mãe havia saído para trabalhar, e o Chad me agarrou. Seria mais uma tarde de abusos, se não fosse pelo fato de eu ter conseguido alcançar uma faca. — Soltei uma mera gargalhada. — Ele morreu de forma lenta. Foi uma sensação muito satisfatória ouvi-lo pedir misericórdia. Pela primeira vez me senti no controle, e todo o ódio foi descontado em seu peito e em seu rosto. — Levei calmamente a mão até os cabelos, e coloquei uma mecha solta atrás da orelha. — É claro que depois disso eu tive que fugir. Morei nas ruas por um bom tempo, passei fome, muita fome e tive que trabalhar como stripper para sobreviver. Por sorte, um dos caras que me assistia enquanto dançava, acabou se apaixonando. Matthew mudou a minha vida. Talvez, se não fosse por ele, não estaria aqui hoje. Mas e você, por onde andou?
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Mensagem por Convidado Ter Jan 20, 2015 2:44 pm


Mal envolvi os braços em torno da mulher e fui afastado pela mesma. Será que meu cheirinho tá desagradável !? Não deve nem ter dois dias que eu tomei um banho. Encontrar algo em meio ao fim do mundo é tão difícil quanto encontrar uma alma viva não infectada. - Aquele magrelo cheio de espinhas que andava acompanhado da sua melhor amiga oposta a ele, você continua linda.-  -Sorri de forma sincera, apontei para o tórax da mulher. - E as azeitonas viraram melões... quem diria.. - Não podia deixar passar isso

Madness sempre foi uma mulher muito bonita, desde mais jovem. Só não possuía um corpo tão volumoso como tem agora. Aindanão era momento pra ficar pensando sobre isso. Detalhes da morte do padrasto dela foram poupados, só me contou o que era suficiente no momento, ela o matou. Se as leis continuassem em vigor, a ruiva seria uma fugitiva. -Mesmo se o mundo tivesse da mesma forma de antes, você podia contar isso pra mim. Você sabe que eu não iria lhe entregar as autoridades. Melhor do que isso, ia te levar pra minha casa. - Nesse período eu ainda morava com meus pais, porem...eles tinham certo afeto pela garota.

O padrasto de Madness era nojento a ponto de abusar dela e sua irmã que morreu. Se eu passasse por algo semelhante, com certeza tomaria a mesma atitude ou pior, torturava o infeliz. - Devo ter algumas notas por aqui..Se o cara se apaixonou por você por conta de seus dotes como stripper, eu te pago pra ver seu trabalho - Sorri, trocando de assunto para não remoer o passado dolorido e conturbado da mulher. O barulho ao nosso redor começa a me incomodar e a fome aperta me dando uma pontada no estômago.

Era minha vez de contar a história até o presente momento. - Bem...Quando a porcaria começou alguns celulares ainda funcionavam... me ligaram pra se reunir na nossa última escola. Alguns professores e alunos com seus familiares acharam que o lugar era um ambiente seguro perfeito. Jovens, adultos e crianças convivendo numa boa... usando as salas de aula como quartos e de vez em quanto uma família era responsável pela busca de suprimentos. - Dei uma pausa pra respirar, aconcheguei a mão direita na bainha do facão. - Durante a noite um senhor de idade infartou...se transformou e atacou pessoas dormindo. Meus pais estavam entre as vítimas no quarto dele... e eu !? dormindo com outra pessoa... - Senti uma pontada de culpa por não estar com eles, porque eu poderia ter ido pro 'paraíso' e viajar com eles.

Nem todos morreram, os poucos que ficaram se uniram para derrubar as criaturas. Por fim, acabamos indo para outro canto, eramos em dez... a maioria eram homens e assisti coisas horrendas, estupros e... Preferi ficar sozinho. - Dei alguns passos a frente vendo a porta que quase se rompia.  - Antes disso eu era vagabundo... - Não fazia nada pra ninguém, ficara em meu cantinho usando drogas e conversando comigo mesmo de vez em quando, mas esses detalhes é melhor guardar pra mim.



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Mensagem por Convidado Ter Jan 20, 2015 10:02 pm

Soltei uma leve risada e olhei nos olhos de Abraham. — O mesmo brincalhão de sempre. Bom, eu tive que mudar um pouco, foi preciso, mas acho que com você sou a mesma Madness de sempre. — Respirei fundo e me aproximei da porta, fitando suas dobradiças. — Eu sei que poderia contar com você. Mas eu era uma menina e não seria justo envolver você e seus pais nisso. — Olhei para Abraham e apontei com o dedo indicador para a porta. — As dobradiças vão ceder a qualquer momento. — Retirei a espada de sua bainha e a segurei firme, apenas por precaução.

— Abraham! — Exclamei chamando sua atenção, mas infelizmente, ao lado de Abraham, o meu jeito "durona" não funcionava. Então, acabei caindo na gargalhada. — Não brinque com isso, Abraham. Foi uma fase muito difícil. Até hoje não consigo manter muito contato com algum homem. E sexo? Bom, aprendi a descontar minha raiva de um jeito... inusitado. — Por alguns minutos permaneci em silencio, enquanto ouvia a triste história de Abraham. Sempre soube que ele não era muito ligado à família, porém, perder um parente desse jeito não é algo muito bom.  — Sinto muito. O seu pai era... — Engoli seco e prossegui. —... um cara legal. — Não conseguia dar uma outra definição para o pai dele, e nem queria. Acho que legal já bastava.

— Homens! Criaturas nojentas que só pensam em si próprios. O que pensa em fazer agora? — Perguntei calmamente. Antes mesmo de ouvir alguma resposta, o barulho da primeira dobradiça caindo ao chão me fez ficar em estado de alerta. Dei alguns passos me afastando da porta, e logo a segunda e a terceira também se soltaram. A porta foi parar no chão, fazendo um tremendo barulho e atiçando ainda mais as criaturas que estavam nos outros quartos. Uma homem transformado saía de dentro do quarto. — Esse é meu. — Dei alguns passos se aproximando da criatura. Realizando um golpe básico de kendo (men) e atingindo a cabeça do homem.

— Nojento. — Murmurei limpando o sangue da espada na própria roupa do zumbi. — Então, o que pensa em fazer agora? — Perguntei novamente, abrindo um sorriso satisfeito.
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Mensagem por Convidado Qua Jan 21, 2015 5:01 pm


Senti uma pontada de preocupação no tom de voz de Madness e ela se deslocou até próximo a uma porta. As dobradiças cediam a força bruta dos mortos que empurravam a porta do outro lado. Tudo por minha culpa. Não devia ter gritado em meio a pergunta direcionada a mulher. -Descontar sua raiva de um jeito inusitado ? Me explique isso melhor. - Curioso o modo como ela falou sobre superar seu trauma sexual. O único jeito inusitado que passou pela minha cabeça, seria ela agindo como uma Viúva negra.

Minha mão direita desembainhou o facão. Mantive um silêncio entre os dois quando ela comentou sobre meu pai. Eu o amava,como um filho ama o pai mas tinha nossas desavenças de família. Eu sou grato a ele por tudo o que fez por mim, é graças a ele e a minha mãe que eu estou aqui, não porque me fizeram e isso pelo que passaram e os traumas criados por mim, tudo foi superado graças a ambos e agora, tudo se foi. Não tenho mais o zelo familiar e por sorte encontrei Madness.

A única coisa que eu quero agora...é... - A porta cedeu, as dobradiças não aguentaram a pressão e caiu. O som brusco da madeira tocando a superfície alterou e ampliou o agito dos mortos vivos agoniados e famintos dos outros quartos. Madness com majestosa maestria e uma destreza impecável decepou a cabeça do homem moreno de aparentemente 1,80. Logo atrás dele veio outro zumbi, movi o corpo a frente e cravei a espada com força no cenho e puxei de volta a mim, sua massa cinzenta foi destruída por dentro e ele se desligou, caindo duro ao chão dando inicio a uma pequena poça de sangue. - Sobreviver.

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Mensagem por Convidado Qui Jan 22, 2015 11:57 pm

Olhei para Abraham um tanto desconfiada, pensando se deveria ou não realmente me abrir com ele. Abraham e eu nos conhecíamos a muito tempo. Nos tornamos grandes amigos e compartilhamos segredos, tanto que ele era o único, além de minha mãe, que sabia dos abusos de meu padrasto. Porém, o destino resolveu nos separar. Os anos se passaram, e eu realmente havia mudado muito, e provavelmente ele também. — Isso é um assunto para um outro momento, McCoy. — Disse calmamente.

O zumbi havia caído bem a minha frente, porém, logo atrás veio um segundo zumbi. Abraham logo tomou a iniciativa e cravou seu facão na cabeça do bicho. Fazendo com que o sangue daquela criatura nojenta começasse a escorrer pelo chão. Dei alguns passos, se afastando da poça. Coloquei as mãos na cintura e dei alguns passos à frente, olhando para a porta dos quartos, porém, dando um foco maior para as dobradiças. — Acho que o único problema era com aquelas dobradiças. Essas aqui parecem bem resistentes. Podemos limpar dois desses pequenos apartamentos, ou mais, para tentar encontrar algo. — Respirei fundo, colocando a palma de minha mão direita e empurrando uma das portas, que obviamente estava fechada. Só queria mesmo checar se estava bem firme. — Em algum desses apartamentos deve ter algo que nos sirva. Bom, pelo menos durante essa noite, pois não sei se irá querer continuar ao meu lado...

Olhei para Abraham e abri um pequeno sorriso. — Preparado? — Perguntei, retomando o olhar para a porta. Levei minha mão esquerda até a maçaneta, e a girei, afastando-me em seguida. Não demorou muito até que o primeiro zumbi apareceu na porta. Cravei a espada certeiramente em sua testa, perfurando seu cranio. O primeiro havia sido "morto". Logo, já havíamos limpado o primeiro apartamento. — Até que foi fácil. — Disse entrando no mesmo. O prédio estava abandonado, porém, dentro dos apartamentos, a decoração ainda estava praticamente intacta.

Passei o olhar pela sala e comecei a abrir as gavetas da estante, ainda com a espada em mãos. Encontrei algumas jóias e dinheiro. — Serviria, caso não estivéssemos no fim do mundo. — Disse jogando ambos no chão. Sobre a televisão, havia uma carta. O pequeno papel estava escrito com uma letra de forma bem bonita, provavelmente seria a de uma mulher. — Abraham, escute isso. — Comecei a ler as primeiras palavras da carta, em um tom audível, para que Abraham conseguisse ouvir, ainda enquanto procurava algo pela sala.

"Querido Louis, queria lhe agradecer por toda ajuda que tens me dado durante esses últimos meses. Sei que foram dias difíceis para você, tanto quanto foram pra mim. Por diversas noites chorei, pensando que você não seria capaz de suportar minha doença, me ver definhando. Eu entendo. Entendo que não deveria ser fácil para ti, ver minha beleza se destruir e o meu animo esvaecer. Foram meses de luta, e superação, e mesmo assim, você esteve comigo todos os dias. Quero agradecer por não ter desistido de mim, principalmente quando, até eu mesma, já havia desistido. Estou animada com essa nova cura. Devo confessar de que já me sinto muito mais forte. Somente uma dor de cabeça pertinente que vem me atormentando. Ah, também estou com um pouco de febre. Passamos uma noite e tanto, não queria te acordar. Irei ao mercado comprar algumas coisas. Caso acorde, não se assuste. Já me sinto bem melhor para poder ir sozinha. Eu te amo.
Ass: Hillary."


Terminei de ler a carta e suspirei. — Que trágico. — Disse dando de ombros. — Bom, ela disse que foi ao mercado. Creio que na cozinha deva ter alguma coisa.
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Mensagem por Convidado Sex Jan 23, 2015 8:58 pm

Outro momento ? Será que o destino vai traçar um momento para que os dois possam conversar melhor ? Ainda não estou seguro quanto a estadia de Madness próxima a mim. De uma hora pra outra ela pode largar tudo e retornar para a sua vida de fugitiva da lei. Até quando vamos depender de nós mesmos ao invés do governo tomar as primeiras atitudes ? Será que ainda existe governo ? Muitas perguntas metralham a minha mente como uma .50 desenfreada. -Vamos limpar um hoje, outro amanhã...- Sugeri.

Era tarde da noite, com as pálpebras pesadas e o sono visível na face, não teria fôlego ou força o suficiente para limpar dois apartamentos em um único dia. Madness tem a disposição de um touro e não demonstra tanto cansaço assim. O corpo pesado e imundo pelo mundo, clama pra encontrar água encanada dentro de algum dos apartamentos. Está fora de cogitação ter o cheiro tão pesado quanto o cheiro dos mortos vivos que agonizam e zunem feito um enxame de abelhas.- Um de cada vez... - Disse em tom baixo.

Era crucial usar duas estratégias para entrar no apartamento. Ou entrar em completo silêncio procurando por um zumbi em cada curva dos cômodos ou optar por fazer barulho o bastante pra atrair todos e derrubar de uma vez só. Sem ao menos escolher uma opção, Madness adentrou ao apartamento do lado dos quais matamos os zumbis e assim que girou a maçaneta da porta, outro morto vivo cambaleou para desfaze-la em pedaços. Em um movimento rápido e preciso, a espada penetrou a cabeça bem ao centro   seu cérebro foi desligado na hora. - Eu vou continuar ao seu lado, não vou deixar você fugir de mim de novo... - Nem a pau ia deixar a ruivinha fugir de novo. Na primeira oportunidade, prendo ela ao meu corpo com cordas.

Ela revirou um lado da sala e eu o outro. Procurei por cofres atrás de quadros, dinheiros que podiam estar dentro dos sofás e coisas inúteis, até me dar conta de que o MUNDO está acabando. - Vamos limpar quartos diferentes ou vamos dividir a mesma cama ? Por mim não tem problema de dividir... desde que você tome um banho, sua porquinha. - Brinquei, indo até a porta e puxando o corpo dos zumbis pra fora do apartamento e fechando a porta. - Só por precaução...- Madness encontrou uma carta e iniciou a leitura. - Essa deve ser a mulher que você finalizou ali fora. - Apontei em direção a porta que agora está fechada. Pra reforçar a segurança ,me desloquei pra perto do sofá e empurrei ele até a porta, deixando o lugar lacrado por dentro. - Engraçado... acabei de reforçar a nossa segurança. - Coloquei a mão na testa e sacudi a cabeça, as mãos escorregaram para trás, arrumando uns fios de cabelo que insistiam cair sob a testa. - Mas não vasculhamos os outros cômodos.- Foi a ideia mais estupida, desde que chegamos ali.

Primeiro a cozinha, como ela disse. Depois ia vasculhar os outros cômodos importantes. Saquei e apontei o facão a frente, mirando para uma entrada que dá de cara na cozinha. -Vá na frente que a visão fica melhor pra mim. - Abri um sorriso cínico e piscando para a mulher, esperei ela dar os primeiros passos.




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Mensagem por Convidado Qua Fev 11, 2015 6:38 pm

Era notável que a carta da bendita mulher havia mexido um pouco comigo. Apesar de toda a imagem de durona que eu tentava transmitir aos outros, no fundo, sentia falta de alguém com quem pudesse contar. Anos haviam se passado desde a ultima vez em que havia visto Abraham. E mesmo querendo continuar ao seu lado, meu lado instintivo me dizia para não confiar no homem em que o menino confuso havia se tornado. — Caso faça tudo certo, não terei motivos para fugir. — Murmurei. — Dormiremos em quartos diferentes. Não há necessidade de dormirmos juntos. E sobre a água, hum... tomei um banho tem menos de um dia. — Esbocei um meio sorriso. — Consegui utilizar os últimos litros de água de um bar próximo. — Finalizei arqueando a sobrancelha direita.

Escorei o corpo em uma parede, apoiando a espada no chão como se fosse uma bengala, enquanto observava as atitudes de Abraham. — Pobre mulher. — Falei em um tom baixo. — Idiota por pensar que estava melhorando. Estes testes são jogados para venda sem ao menos serem testados direito. Somos as cobaias do Estado. — Desviei o olhar para o chão empoeirado. Um pequeno rato passou perto de meus pés. Cravei a espada na coluna vertebral do bicho. Matando-o de imediato. — Como ratos de laboratório. — Levantei a espada na altura do rosto. Olhando o corpo do pequeno animal perfurado pela espada. — Tem coragem de comer? — Perguntei serenamente.

Após fugir de casa, havia passado uma temporada longa morando nas ruas. Logo nos primeiros dias, passei fome, frio, e aprendi com alguns "sem teto" de que para sobreviver, tínhamos de comer o que aparecesse. Restos de comida e pequenos animais era o que eu comia para sobreviver. Foi uma época na minha vida em que aprendi a deixar de ter nojo de certas coisas. — Legal ter reforçado nossa segurança, mas se esqueceu de que aqui pode haver alguns outros zumbis. — Respirei fundo e dei de ombros. — Tudo bem. Eu vou na frente. — Segurei a ponta do rabo do pequeno rato. Deixando o pequeno animal sobre um móvel. — Caso não achemos nada, fome não passamos. — Dei alguns passos à frente. Me posicionando de forma segura e atenta.

A espada ficava em mãos, empunhada, como se estivesse prestes a atacar algum adversário a qualquer momento. A cozinha estava livre de criaturas mortas. O primeiro passo foi abrir a torneira. Um pouco de água escorreu, mas acabando em seguida. — Sem sorte. — Disse mordendo o lábio inferior em seguida. — Vasculhe os armários. Irei verificar se tem gás. — Caminhei até o fogão, deixando a espada entre as pernas. Abaixei até o bujão de gás e observei seu click estava fechado. — Acho que teremos fogo. — Disse abrindo o click. Me levantei novamente. Não havia luz, então era óbvio de que o fogão não funcionaria automaticamente. — Fósforos. Se achar avise. — Disse procurando entre algumas gavetas que haviam abaixo da pia de louças. — Achei. — Uma pequena caixa com fósforos grandes. Contei rapidamente os palitos. — Trinta palitos. Vai ser útil no futuro. — Raspei o palito na lateral de sua caixa. O mesmo acendeu, iluminando um pequeno espaço. — Isso! — Exclamei orgulhosa ao ver o fogão se acender.

Girei o corpo e parei na direção de Abraham. — Temos fogo, baby. — Disse sorrindo. — Já me sinto em casa. Então, o que achou? — Perguntei entusiasmada. Mesmo sabendo que no fundo, eu nunca havia tido uma casa.
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